16 de abril – Beato Joaquim Piccolomini de Siena, OSM (1258–1305)
Irmão leigo, frade dos Terciários da Ordem dos Servos de Maria (Servitas), Apóstolo da Caridade dos Enfermos, devoto das Dores da Santíssima Virgem. Nascido em 1258 em Siena, Itália, e falecido na Sexta-feira Santa, 16 de abril de 1306, em Siena, Itália, de causas naturais. Patrocínio – contra a epilepsia. Memória adicional – 4 de fevereiro (Servitas). Também conhecido como – Gioacchino Piccolomini, Joaquim de Siena.
Joachim Piccolomini nasceu em uma família nobre e antiga de Siena, Itália. Jovem piedoso, era especialmente conhecido por sua devoção à Santíssima Virgem Maria. Seu maior prazer na infância era rezar a Ave Maria diante de uma imagem da Santíssima Senhora das Dores. Desde cedo, também era conhecido por demonstrar extrema sensibilidade à situação dos pobres. Doava-lhes suas próprias roupas e gastava seu dinheiro em esmolas. Um dia, quando Joachim insistiu com seu pai para que aumentasse sua ajuda aos necessitados, seu pai argumentou que a prudência deveria moderar sua liberalidade. Caso contrário, ele reduziria toda a sua família à pobreza. Diz-se que Joachim respondeu: " Você me ensinou que uma esmola é dada a Jesus Cristo, na pessoa dos pobres. Podemos recusar-Lhe alguma coisa? E qual é a vantagem das riquezas, senão que elas sejam empregadas na compra de tesouros no céu?" Ao ouvir esses sentimentos, seu pai chorou de alegria.
Joaquim ingressou nos Servitas como irmão leigo aos quatorze anos, tornando-se aluno espiritual de São Filipe Benizi, um dos sete Santos Fundadores. Segundo todos os relatos, ele era um modelo perfeito de virtude; não era incomum encontrá-lo à meia-noite, rezando, enquanto o resto da casa dormia, e aos sábados, Joaquim se abstinha de qualquer alimento em honra às Sete Dores da Virgem. Seu fervor cresceu, mas incutiu-lhe uma humildade extraordinária. Joaquim foi incentivado por seus irmãos a estudar e ser ordenado sacerdote, mas sentia-se indigno e não desejava nada mais grandioso do que ser coroinha. Parece que toda a sua vida foi uma tentativa de se esconder dos olhos dos outros e viver na obscuridade. De fato, ele havia se tornado tão respeitado e amplamente conhecido por sua santidade que solicitou sua transferência para Arezzo. A mudança provocou tamanha comoção em Siena que ele foi ordenado a retornar.
Segundo a lenda, Joaquim teria morrido por não conseguir consolar um epiléptico com palavras, implorando a Deus que o curasse. Ele morreu de epilepsia em 1305.
Um relato da hagiografia de Joaquim relata que a Santíssima Virgem lhe apareceu em momentos importantes de sua vida, como na adolescência, quando o incentivou a se juntar aos Servitas. Na segunda vez, ela apareceu com duas coroas nas mãos: uma de rubis para recompensá-lo por sua compaixão em suas dores e a outra de pérolas, em recompensa por sua virgindade, que ele havia prometido em sua homenagem.
Pouco antes de sua morte, continua o relato, ela apareceu novamente. Joaquim implorou-lhe que morresse no mesmo dia em que Jesus Cristo morrera. A Virgem imediatamente o gratificou, dizendo: "Está bem, prepara-te; porque amanhã, Sexta-feira Santa, morrerás repentinamente, como desejas — amanhã estarás comigo no céu". Assim, durante o canto da Paixão segundo São João, às palavras "Estava de pé junto à cruz de Jesus, sua Mãe" (João 19:25), Joaquim caiu em seus últimos esforços de morte e às palavras "Inclinou a cabeça e expirou" (João 19:30), Joaquim morreu. Toda a Igreja foi preenchida por uma luz extraordinária e um perfume suave.
O Beato Joachim Piccolomini foi beatificado pelo Papa Paulo V em 21 de março de 1609. Ele é comumente representado como um Servita segurando um livro e uma flor e é venerado especialmente em Arezzo e Siena.
Uma pequena nota de interesse sobre a família do nosso santo: a Igreja elegeu dois Papas Piccolomini, Pio II e Pio III, e outro parente de Siena, também beato: Ascanio Piccolomini (1628-1671).
