quarta-feira, 16 de abril de 2025

Santo do dia


 Todo conhecimento de religião que não se fundamenta nas máximas sagradas do Evangelho é vão e sujeito à ilusão. Mas ai de nós se nos contentarmos em saber sem fazer o que sabemos!

 17 de abril: Santo Aniceto, papa e mártir (século II)


Santo Aniceto era originário da Síria. Seu pai se chamava Jean e morava na cidade de Omise; Ele governou a Igreja sob Marco Aurélio e sucedeu Pio I no trono papal. Ele foi o décimo papa desde São Pedro.


Ele chegou à liderança da Igreja em tempos difíceis. Esta foi a época do Gnosticismo, cuja sede ficava em Roma, com seus líderes, Valentino e Marcião. Essa heresia foi trazida para a cidade por uma mulher chamada Marcelina, que causou a perda de um grande número de almas. Além das doutrinas perniciosas que ensinavam, ao se declararem cristãos, eles tornavam a religião odiosa por suas vidas desordenadas e ações infames. Santo Aniceto opôs-se ao progresso da heresia com toda a força de sua autoridade e doutrina, e Deus, ao mesmo tempo, o consolou com a chegada de diversas figuras santas.


Foi durante seu pontificado que São Justino veio passar algum tempo em Roma e lá compôs esta segunda apologia da religião cristã que lhe valeu o martírio. No quinto ano do reinado de Marco Aurélio, Aniceto recebeu a visita de São Policarpo, bispo de Esmirna, na Ásia, e antigo discípulo de São João Evangelista, que foi consultá-lo sobre a questão da celebração da Páscoa, uma questão que não foi decidida até o Papa Victor. Santo Aniceto e São Policarpo não conseguiam chegar a um acordo, mas isso não perturbou em nada a boa harmonia entre eles, e eles se separaram depois de trocarem o beijo da paz; Eles não se veriam novamente até o céu, para onde o martírio os levou. Antes da partida de São Policarpo, Aniceto o fez celebrar os santos Mistérios e falou ao povo reunido: suas palavras converteram um grande número de hereges, e a insolência de Marcião foi confundida por estas palavras bem conhecidas do Santo: "Eu sei que você é o filho mais velho de Satanás".


Foi também por volta do ano 157 que Hegésipo, um judeu convertido, veio a Roma e, sob as ordens de Aniceto, compôs uma história da Igreja, da qual apenas fragmentos permanecem até hoje, preservados em Eusébio. Esta história foi intitulada: Comentário sobre os Atos dos Apóstolos e se estendeu da Paixão até o pontificado de Aniceto.


Este papa é creditado por emitir um decreto aos bispos da França que proibia os clérigos de usar cabelos longos. Ele também ordenou que um padre só poderia ser consagrado bispo por três outros prelados, como o Concílio de Niceia também definiu mais tarde, e que, para o Metropolita, todos os bispos de sua província compareceriam à consagração. Santo Aniceto tomou ordens cinco vezes no mês de dezembro e ordenou dezessete padres, quatro diáconos e nove bispos para vários lugares. Ele viveu no pontificado por oito anos, oito meses e vinte e quatro dias. Ele recebeu a coroa do martírio pela fé em Cristo e foi sepultado na Via Ápia, no cemitério que desde então era chamado de Calisto.


Como podemos ver, pouco se sabe sobre as ações de Santo Aniceto. Hoje veneramos nele um dos fundamentos gloriosos da casa de Deus. Ele governou a Igreja de Jesus Cristo em meio às tempestades: devemos orar a ele para que peça a Deus que se levante e comande a tempestade que está sempre rugindo.



Túmulo de Santo Aniceto na capela do Palácio de Altemps em Roma (Itália)

17 DE ABRIL SANTO ANICETO - PAPA E MÁRTIR

Aniceto nasceu na Síria e foi sucessor do papa São Pio I, em 155, no tempo em que Antônio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.

A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcião, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.

Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todos eles formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.

Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.

Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.

O seu corpo - aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma - foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.

MISSAL QUOTIDIANO COMPLETO / EM PORTUGUÊS com o próprio do Brasil edição B - editado e impresso nas oficinas tipográficas do Mosteiro de São Bento / Bahia, 23 de dezembro de 1957. Pág 464.

Santo do dia

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