30 de maio – São Fernando III de Castela (1199-1252) Rei de Castela e Toledo, Cavaleiro.
Homem de grande virtude e bondade que buscou a santidade em todas as coisas, homem de grande justiça que buscou elevar até mesmo aqueles que conquistou, homem que foi um grande pai, criando seus filhos no temor e no amor somente de Deus, gênio diplomático por sua grande bondade, unificador de todos, tinha grande devoção a Nossa Senhora – nasceu em 1198 perto de Salamanca, Espanha e morreu em 30 de maio de 1252 em Sevilha, Espanha, de causas naturais. Patrocínios – autoridades, governadores, governantes, engenheiros, famílias numerosas, magistrados, paternidade, indigentes, pobres, prisioneiros, monarquia espanhola, terciários, Sevilha, Espanha, Ilagan, Filipinas, diocese de Lucena, Filipinas, diocese de San Fernando, Filipinas, diocese de Aranjuez, Maspalomas, Pivijay e de várias outras localidades, Corpo de Engenheiros do Exército Espanhol. O corpo de São Fernando está incorrupto.
O pai de São Fernando era o Rei Afonso IX de Leão e sua mãe, a santa Senhora Bereguera. Como o casamento de seus pais foi anulado pelo Papa Inocêncio III, São Fernando foi criado por seu avô, o Rei Afonso VIII de Castela, e sua mãe. O Rei Afonso VIII foi um grande guerreiro e cavaleiro, para quem a cavalaria cristã era mais do que apenas um código de conduta ou um conjunto de regras às quais ele aderia, era uma busca pela virtude destinada a guiá-lo em todos os seus pensamentos e ações. Ao lutar pelo ideal da cavalaria, ele alcançou uma verdadeira nobreza de caráter. Vivendo uma vida de honra, o Rei Afonso foi um guerreiro magnífico que defendeu corajosamente a Igreja e seu reino de Castela. Ele também foi um excelente modelo para o jovem Fernando, que não queria nada mais do que ser um cavaleiro de Cristo.
São Fernando ainda era jovem quando se tornou rei de Castela. Seu reino estava em ruínas, pois havia sofrido inúmeros ataques de cristãos e mouros a Castela, além de rebeliões internas. São Fernando trabalhou incansavelmente para restaurar a prosperidade de seu reino e administrar a justiça em todo o seu território, embora continuasse a treinar como guerreiro.
Cristo, meu Senhor, estou em Tuas mãos, assim como esta espada está nas minhas. Mostra-me, meu Rei, o que queres deste Teu cavaleiro.No silêncio e na quietude da noite, São Fernando ouviu Cristo lhe responder:
Quero fazer de toda a tua vida uma representação e uma parábola maravilhosa, para que os séculos vindouros possam contemplar a guerra que eu, Rei Eterno e Senhor Universal, travo contra os poderes das trevas, para conquistar a Terra inteira para meu Pai. Fernando, serás o rei nobre e atencioso que lidera seus vassalos nesta grande empreitada, o Rei corajoso e mortificado que, acima de todos os outros, avança em meio ao perigo e suporta a tensão do trabalho árduo e a fadiga da batalha. Serás o Rei generoso e magnânimo que, na vitória, não se preocupa com o seu tesouro, mas distribui os despojos entre os seus fiéis cavaleiros.
Deus concedeu a São Fernando a visão clara do que seria sua vida, uma vida cheia de lutas, sofrimentos e guerras. No entanto, sua alma não tremeu diante da perspectiva, pois sabia que estaria fazendo a vontade de Deus e que Deus estaria com ele enquanto permanecesse fiel. Estava preparado para fazer o que fosse exigido dele agora e por todos os dias de sua vida.
O Rei São Ferdinando tornou-se um dos guerreiros mais talentosos e formidáveis da história, sendo ao mesmo tempo um dos maiores monarcas que já governaram. Ele, como tantos homens de sua época, não buscava desfrutar de uma vida longa, mas sim viver uma vida boa. Assim, dedicou toda a sua vida a serviço de Deus, em vez de desperdiçar seu tempo servindo a si mesmo.
O Rei São Fernando era um homem de fé clara e profunda, que compreendeu que tudo depende de Deus e que é Ele quem concede a vitória. Sabia, no entanto, que o Senhor nunca quer ajudar os preguiçosos, mas sim auxiliar com graça aqueles que fazem tudo o que está ao seu alcance. Esse esforço se torna uma oração de ação, quando combinado com a confiança nEle.
Como consequência de suas santas intenções, todos os empreendimentos de São Fernando foram bem-sucedidos. Ele era absolutamente invencível, tanto pessoalmente quanto enquanto comandava seus exércitos, conquistando corações e mentes tão completamente quanto conquistava cidades e fortalezas. Ele sabia que não há empreendimento mais sagrado do que cumprir o dever diante de Deus e que sua primeira obrigação era salvar sua própria pátria.
Este grande monarca católico viveu verdadeiramente a sua fé e, pela sua cavalaria, lealdade e generosidade de caráter, foi digno da alta estima e amizade daqueles que outrora o enfrentaram. Pela bondade e gratidão que demonstrou para com aqueles que lhe prestaram serviço e pela sua grande generosidade, conquistou a afeição e a obediência voluntária da sua nobreza. Dedicou-se sempre e em toda a parte de todo o coração aos seus deveres como rei, buscando zelosamente a justiça e a prosperidade para o seu povo. Foi um modelo de retidão e conduta correta para os seus filhos e, pelo seu exemplo, conquistou o respeito e o amor de todos os seus descendentes. Foi para eles o mais terno e cuidadoso dos pais, deixando-lhes uma herança incomparável, da qual poucos monarcas cristãos poderiam orgulhar-se.
O legado do Rei São Fernando III é abrangente e eterno. Foi ele quem uniu permanentemente os reinos de Leão e Castela e, com esse poder, conquistou mais territórios islâmicos do que qualquer outro cristão, expulsou os muçulmanos da maior parte da Andaluzia e transformou os reis restantes em seus vassalos obedientes. As conquistas do Rei Fernando superam claramente as do Rei Sancho II e do Rei Jaime I, sem mencionar as dos reis São Luís IX, Frederico II e Eduardo I. Numa época em que os esforços cruzados de todo o resto da cristandade mal eram suficientes para manter uma posição firme na costa da Terra Santa, Fernando infligiu ao islamismo medieval sua maior derrota até então.
O Rei São Fernando foi conhecido como "o Santo" durante sua vida, então não é de se surpreender que, imediatamente após sua morte, seus súditos, por unanimidade, lhe tenham concedido um lugar na glória celestial. São Fernando logo se tornou objeto de veneração pública e muitos milagres foram registrados. No mesmo ano, o Papa Inocêncio IV declarou que o Rei São Fernando de Castela gozava da reputação de "ter sempre seguido o caminho da obediência aos preceitos divinos e que muito contribuiu para a difusão do culto ao Santo Nome de Jesus".
Na época de sua morte, em 1252, Fernando III havia entregue a seu filho e herdeiro, Afonso X, um reino enormemente expandido. As fronteiras do novo estado castelhano estabelecido por Fernando III permaneceriam praticamente inalteradas até o final do século XV. Sua biógrafa, Irmã María del Carmen Fernández de Castro Cabeza, ACJ, afirma que, em seu leito de morte, Fernando disse a seu filho: " Você será rico em terras e em muitos bons vassalos, mais do que qualquer outro rei da cristandade". Fernando foi sepultado na Catedral de Sevilha por seu filho, Afonso X. Seu túmulo está inscrito em quatro idiomas: árabe, hebraico, latim e uma versão antiga do castelhano.
O corpo de São Fernando está incorrupto e ele ainda pode ser visto na Catedral de Sevilha, pois repousa agora encerrado em um maravilhoso caixão de ouro e cristal, digno do rei castelhano. O Rei São Fernando é o único rei cuja coroa terrena nunca lhe foi retirada, pois sua coroa de ouro ainda envolve sua cabeça enquanto ele reclina-se sob a estátua da Virgem dos Reis, aguardando o dia da ressurreição.
São Fernando foi beatificado em 31 de maio de 1655 pelo Papa Alexandre VII e canonizado em 1671 pelo Papa Clemente X.
