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| O amor de Deus eleva e transforma as almas a tal ponto que elas amam as cruzes e encontram mais prazer nelas do que os mundanos no cálice dos prazeres. Nós, que somos tão avessos à penitência, quão pouco amamos o bom Deus! |
29 de maio: Santa Maria Madalena de Pazzi, virgem carmelita (1566-1607)
Santa Maria Madalena de Pazzi, uma das flores mais doces que perfumaram os jardins do Carmelo, nasceu em Florença. Desde os sete anos de idade, na escola do Céu, ela foi treinada na oração e parecia quase um prodígio de mortificação. Durante toda a noite ela usou uma coroa de espinhos na cabeça, com dor indizível, para imitar seu Amor crucificado. Cada vez que sua mãe comungava, a criança se aproximava dela e não conseguia se afastar, atraído pelo doce cheiro de Jesus Cristo.
Desde sua Primeira Comunhão, ela estava pronta para qualquer sacrifício, e foi a partir daí que ela fez um voto a Jesus de nunca ter outro marido além Dele. Então, mais tarde, quando seu pai quis casá-la: "Prefiro", ela gritou, "entregar minha cabeça ao carrasco do que minha castidade a um homem".
A santa noiva de Cristo entrou no Carmelo porque a comunhão era recebida ali quase todos os dias. A partir daí sua vida é um milagre contínuo; ela vive somente de êxtases, arrebatamentos, sofrimentos, amor. Durante cinco anos ela foi assaltada por tentações terríveis; sua arma era a oração, durante a qual ela frequentemente clamava; "Onde estás, meu Deus, onde estás?" Um dia, tentada mais fortemente do que o habitual, ela se jogou em um arbusto espinhoso, de onde saiu ensanguentada, mas vitoriosa.
Ela sentiu tanto prazer em proferir estas palavras: "A Vontade de Deus!" que ela as repetia continuamente, dizendo às suas irmãs: "Vocês não sentem quão doce é nomear a Vontade de Deus?" Um dia, em êxtase, ela percorreu todo o convento gritando: "Minhas irmãs, oh! quão amável é a Vontade de Deus!" Aprouve a Deus crucificá-la por longo tempo com dores indizíveis, que a pregaram ao leito, num estado de imobilidade e ao mesmo tempo de extraordinária sensibilidade. Longe de pedir alívio, ela frequentemente gritava: "Sempre sofra e nunca morra!"
Seu coração era um fogo ardente consumido pelo amor. Quinze dias antes de sua morte, ela disse: "Deixarei o mundo sem ter conseguido entender como a criatura pode resolver cometer um pecado contra seu Criador." Ela repetia frequentemente: "Se eu soubesse que, ao dizer uma palavra com qualquer propósito que não fosse o amor de Deus, eu me tornaria maior que um Serafim, eu jamais faria isso." Perto da morte, suas últimas palavras para suas irmãs foram estas: "Peço-lhes, em nome de Nosso Senhor, que amem somente a Ele!"
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| Corpo incorruptível de Santa Maria Madalena de Pazzi, Convento de Santa Maria dos Anjos em Florença (Itália) |
