31 de maio: Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças
Que a Santíssima Virgem Maria é a Medianeira de todas as graças não é uma doutrina nova, e o Ofício e a Missa aprovados pelo Papa Pio XI são apenas a confirmação oficial de uma verdade que flui da Maternidade divina de Maria e de todo o plano de Deus na ordem da nossa salvação. Esta festa estava cada vez mais nos desejos dos mais fervorosos e esclarecidos servos da Santíssima Virgem; deriva de toda a doutrina da Igreja, do ensinamento dos Doutores e dos Santos; Basta citar, entre outros, Santo Efrém, São Bernardo, São Bernardino, São Luís Maria Grignion de Montfort, cujo Tratado sobre a Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem é, de certa forma, a magnífica ilustração desta Mediação universal da Mãe de Deus.
O título por excelência de Maria, sua glória suprema, princípio de toda a sua grandeza e de todas as suas virtudes, é a sua divina Maternidade. Se a tradição da Igreja a chama de Tesoureira do Reino dos Céus, Onipotência Suplicante, Dispensadora da Graça, Corredentora, Rainha do Céu e da Terra, etc., é por causa de Sua Maternidade divina. Mas o título que parece resumir melhor todos os outros e expressar mais felizmente a missão da gloriosa Mãe de Deus é o de Medianeira de todas as graças, Medianeira da intercessão e, além disso, Medianeira da dispensação e distribuição de todas as graças. É a esta doutrina que se referem estas palavras dos maiores doutores e servos de Maria: "Tudo o que é próprio de Deus por natureza, é próprio de Maria por graça... Tal foi a vontade de Deus, que Ele quis que recebêssemos tudo por meio de Maria... Todos os dons, virtudes, graças do próprio Espírito Santo, são administrados pelas mãos de Maria, a quem Ela quer, quando Ela quer, tanto quanto Ela quer..." Toda a Liturgia Mariana pressupõe ou expressa a doutrina de Maria, Medianeira universal de todas as graças.