sábado, 29 de março de 2025

Santo do dia

 Quando Deus deseja comunicar-se mais intimamente a uma alma e inundá-la com sua luz, ele normalmente a retira do meio do mundo e fala com ela na lembrança da solidão.

 

30 de março: São João Clímaco, abade (525-605)


O nome deste Santo vem do belo livro que ele compôs sob o título grego de Clímax ou Escada do Céu. A Palestina foi sua primeira estadia. Aos dezesseis anos, ele deixou o mundo para se entregar inteiramente a Deus em um mosteiro no Monte Sinai. Aos dezenove anos, o jovem monge, sob a orientação de um monge sagrado chamado Martyrius, trabalhou incansavelmente em direção à sua perfeição e fez um progresso tão rápido que surpreendeu seu próprio mestre.


Após a morte de seu mestre, João retirou-se para uma profunda solidão, a fim de levar uma vida ainda mais perfeita. Uma cruz de madeira, uma mesa feita de quatro tábuas rústicas e o livro da Sagrada Escritura, com algumas obras dos Santos Padres, formavam todo o mobiliário. Lá ele viveu por quarenta anos, uma vida de anjo e não de homem.


Desapegado do mundo, liberto, por assim dizer, do corpo pela mortificação, ele se elevava livremente a Deus, perdia-se em sublimes contemplações e conversava docemente com os anjos sobre os mistérios da fé. Seus dois olhos eram duas fontes de doces lágrimas que ele derramava no segredo da solidão. Ele gostaria de afogar em suas lágrimas todos os crimes da terra; ele também gemeu por seu longo exílio e suspirou pela Pátria celestial; mas na maioria das vezes suas lágrimas eram lágrimas de alegria, admiração e amor transbordante, excitadas pela contemplação das maravilhas divinas que lhe eram reveladas.


É surpreendente que, como um novo João Batista, ele tenha visto multidões se aglomerarem em sua volta para receber lições de penitência e vida cristã? Para cada um ele estabeleceu regras salutares; Sua bênção curou os doentes, fortaleceu os fracos, consolou os aflitos, tocou os teimosos e os converteu mais do que os raciocínios da ciência.


Grande era o poder de João Clímaco contra o demônio; ele sabia como derrotá-lo e desanimá-lo nas batalhas que teve que suportar dele; Ele também foi terrível para o inimigo da salvação, afastando-o das almas de seus irmãos. Um homem solitário chamado Isaac veio lançar-se a seus pés, suplicando-lhe que o livrasse das obsessões impuras com as quais o demônio o pressionava implacavelmente:


"A paz esteja com você, meu irmão!" disse o Santo. Com essas palavras, ele começou a orar com ele. O rosto do Santo resplandeceu com um brilho celestial que se espalhou por toda a caverna, e o demônio soltou rugidos terríveis. Depois que a oração terminou, Isaque se levantou em paz e liberto para sempre.


João Clímaco foi eleito, aos setenta e cinco anos, abade do Sinai, e tornou-se cada vez mais o anjo e oráculo do deserto até sua morte.


Torre do Sino de Ivan, o Grande e a Igreja de São João Clímaco em Moscou (Rússia)


  

São João Clímaco nasceu em 525. São João Clímaco foi um monge do Monte Sinai na Palestina, e deve o seu cognome a um livro seu, Escada (Klímax – Clímaco) dentro de uma família cristã que passou para ele muitos valores, possibilitando a ele uma ótima formação literária. A Escada é um resumo da vida espiritual, concebida para os solitários e contemplativos. Para São João Clímaco, a oração é a mais alta expressão da vida solitária; ela se desenvolve pela eliminação das imagens e dos pensamentos.
São João Clímaco desde cedo foi discernindo sua vocação à vida religiosa. Diante do testemunho de muitos cristãos que optavam por ir ao Monte Sinai, e ali no mosteiro viviam uma radicalidade, ele deixou os bens materiais e levou os bens espirituais para o Sinai. Ali, com outros irmãos, deixou-se orientar por pessoas com mais experiência, fazendo um caminho pessoal e comunitário de santidade.
Foi atacado diversas vezes por satanás, vivendo um verdadeiro combate espiritual.
São João Clímaco buscou corresponder ao chamado de Deus por meio de duras penitências, pouca alimentação, sacrifícios, intercessão e participação nas Santas Missas.

 Daí a necessidade da ‘monologia’, isto é, a invocação curta, de uma só palavra, incansavelmente repetida, que paralisa a dispersão do espírito. Essa repetição deve assimilar-se com a respiração.
Conta-se que ele era palestino e na adolescência ingressou em um mosteiro no Monte Sinai, onde passou a dedicar sua vida às orações e à meditação. Até os 35 anos viveu desta forma, mas quando seu mestre faleceu resolveu encerrar-se em uma cela e viver à moda dos monges do deserto: jejuando, orando e estudando a Bíblia.

Durante este novo período de sua vida São João Clímaco decidiu nunca mais comer carne, fosse ela vermelha ou branca. Também passou a sair de sua cela apenas para participar da Eucaristia, aos domingos.

Já com 70 anos foi eleito bispo do Monte Sinai, muito embora preferisse continuar com sua vida isolada. Nesta época construiu hospitais para a população mais pobre, ajudado pelo papa Gregório Magno.
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Nesta obra ele explica que existem 30 degraus a serem galgados para que possamos atingir a perfeição moral. Este livro foi um grande sucesso na época e chegou até mesmo a influenciar monges e outros religiosos em sua conduta particular, tanto no Ocidente como no Oriente. A importância desta obra literária para a época pode ser notada na utilização do símbolo escada na arte bizantina.

São João Clímaco foi muito famoso como homem santo em toda a Palestina e Arábia. Viveu por volta do ano 605 e morreu 80 anos no Monte Sinai.

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