domingo, 16 de março de 2025

Santo do dia

 

O mundo busca em vão a felicidade em meio aos prazeres; Santo Abraão o encontrou em meio a austeridades. Tenhamos a sua coragem e Deus nos dará a sua recompensa.

16 de março: Santo Abraão, eremita (376)


Santo Abraão nasceu em Chidame, perto de Edessa, na Mesopotâmia, e se destacou por sua inocência e alta virtude. Seu pai e sua mãe, dotados das riquezas da fortuna, o amavam ternamente. Apesar de sua atração pela vida solitária, para não desagradar seus pais, ele concordou em se casar. Assim que o casamento terminou, ele saiu de casa e, encontrando uma caverna a três quilômetros da cidade, retirou-se para lá cheio de alegria, decidido a passar toda a sua vida ali servindo somente a Deus.


Após dezessete dias de busca, seus pais o encontraram em seu retiro, perdido em contemplação. Eles ficaram tão tocados por seus apelos que sacrificaram seu filho e deixaram que ele seguisse sua vocação. A partir de então, o novo eremita teve sua cela murada, deixando apenas uma janela estreita para receber a comida que lhe era trazida todos os dias.


Ele fez grande progresso no caminho para a perfeição. Acima de tudo, ele adquiriu uma humildade extraordinária e uma caridade extrema para com o próximo. Ele nunca repreendeu ninguém duramente; seu discurso era sempre temperado com indulgência. Santo Efrém nos conta que ele nunca relaxou em nenhum momento de sua vida penitencial, que não passou um único dia sem derramar lágrimas e que, apesar de suas austeridades, sempre conservou o frescor de seu rosto e o vigor de seu corpo.


Ele vivia uma vida angelical neste lugar há dezessete anos quando soube da morte de seus pais. Ele pediu a um de seus amigos que vendesse toda a sua herança e desse o dinheiro aos pobres, ficando com apenas uma capa de pelo de cabra, uma esteira e uma tigela de madeira.


A fama das virtudes do santo solitário espalhou-se por toda a parte. Deus permitiu que tamanha piedade servisse à Sua glória. Ele mandou construir uma cela perto de sua pequena casa para sua sobrinha, que, dócil às suas lições, fez grandes progressos na virtude e na piedade.


Perto da cela havia uma grande aldeia povoada por idólatras, tão apegados às suas superstições que maltratavam todos aqueles que tentavam instruí-los. O bispo de Edessa, aflito pela cegueira deste povo, resolveu enviar-lhes Abraão como o mais capaz de convertê-los pela sua caridade e paciência.


O Santo se defendeu em vão. Ele foi levado para Edessa, onde o bispo o ordenou padre e o enviou para trabalhar para o Senhor. Muito mal recebido pelos moradores, espancado, ameaçado de morte, o Santo não perdeu a coragem e corajosamente se propôs a construir uma igreja. Quando a construção foi concluída, Abraão orou ao Senhor para reunir os habitantes descrentes e convertê-los à fé; Então, animado por um novo zelo, ele quebrou seus ídolos e derrubou seus altares.


O povo, enfurecido, lançou-se sobre ele e, depois de atacá-lo com golpes, expulsou-o da aldeia; mas o Santo retornou durante a noite para sua igreja e permaneceu lá em oração. No dia seguinte, o povo, ao vê-lo, lançou-se novamente sobre ele e espancou-o tão cruelmente que, acreditando que ele estava prestes a expirar, arrastaram-no para longe, pelos pés, com uma corda; mas Deus, que é o Senhor da vida e da morte, rapidamente o restaurou à saúde.


Abraão passou assim três anos em um continuum de sofrimento e dor, sem que nada pudesse diminuir seu zelo. Finalmente Deus respondeu às suas orações; Esses infiéis, tocados pela caridade e paciência de Abraão, foram à igreja e pediram para serem instruídos. O santo sacerdote então explicou a esse povo os mistérios da religião e batizou um grande número deles. Ele permaneceu com seus neófitos por algum tempo para fortalecê-los na fé, depois se retirou para sua primeira cela.


Por fim, o Senhor chamou Seu fiel servo, de setenta e cinco anos, para recompensá-lo por suas obras, suas orações e suas austeridades. Era 16 de março de 376.


Santo Abraão e Santa Maria, sua sobrinha (séc. IV)

Abraão era um nobre rico de Edessa. Atendendo ao desejo dos pais, contraiu matrimônio, mas, assim que acabou a festa, escapou para uma cela próximo à cidade. Murou a porta do recinto, deixando apenas uma abertura pela qual recebia a comida. Ali passou cinquenta anos cantando louvores a Deus e implorando misericórdia para si e para todos os homens. Deu aos pobres toda a riqueza que herdara com a morte dos pais.

Como muitos o procurassem buscando conselho e consolo,o bispo de Edessa, apesar da humildade de Abraão, ordenou-o sacerdote. Santo Abraão foi enviado, logo depois da ordenação,a uma cidade idólatra que até entao fizera-se de surda para todo e qualquer mensageiro da Palavra. Lá foi insultado, espancado e expulso em três ocasiões, porém retornava a cada vez com seu zelo completamente renovado. Durante três anos invocou a Deus por aquelas almas, e no fim prevaleceu. Cada cidadão se dirigiu até ele para receber o batismo. Depois de cumprir com as necessidades espirituais de toda a gente, enfim voltou à sua cela, mais do que nunca convencido do poder da oração.

Seu irmão faleceu, deixando a filha única, Maria, ao cuidado do santo. Ele a colocou em uma cela próxima à sua e se dedicou a treiná.la para a perfeição. Após vinte anos de inocência, eis que ela acabou caindo, fugindo em desespero para uma cidade distante, onde abafou no pecado a voz da consciência. Nosso santo e seu amigo Santo Efrém oraram fervorosamente por ela durante dois anos. Então, dis.farçado, ele foi buscar sua ovelha perdida, tendo a alegria de trazê.-la de volta ao deserto como verdadeira penitente. Maria reccbeu o dom dos milagres, e seu semblante após a morte brilhava como o sol.

S. Abraão morreu cinco anos antes da sobrinha, por volta de 360. Toda Edessa compareceu, para receber sua última bênção e guardar suas relíquias.


Santo do dia

8 de julho – Beato Júlio de Montevergine (falecido em 1601). Eremita, erudito, penitente, apóstolo da oração e da caridade. Nascido no sécul...