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| Nada nos obriga, se sofremos uma afronta, a exigir outra. Nem Nosso Senhor nem São Paulo, quando esbofeteados, ofereceram a outra face. Ainda mais admiráveis são aqueles que, como Santo Eulógio, buscam novas humilhações. |
11 de março: Santo Eulógio, sacerdote e mártir (859)
Eulógio, nascido em Córdoba, pertencia a uma das famílias mais ilustres daquela cidade; mas sua principal nobreza era a da ciência e da virtude.
Os mouros invadiram sua terra natal e perseguiram o nome cristão. Eulógio, sem nunca enfraquecer, lutou com perseverança contra sua influência perversa e contra os cristãos traidores e pérfidos que procuravam levar seus irmãos a uma apostasia vergonhosa. Quantas almas devem sua lealdade a Jesus Cristo ao seu zelo ardente, aos seus escritos eloquentes, às suas exortações ardentes!
Foi principalmente graças a ele que houve um novo e magnífico florescimento de vítimas sacrificadas pela fé, flores perfumadas que encheram de perfume o jardim da Igreja e foram mais tarde fonte de grandes bênçãos para a Espanha. O próprio Eulógio coletou os nomes e feitos desses generosos mártires. Mas ele também logo se juntaria a eles e ganharia a gloriosa coroa que havia conquistado para tantos outros.
O primeiro cuidado do erudito sacerdote, quando compareceu perante seu juiz, foi expor-lhe vigorosamente as imposturas e erros de Maomé e exortá-lo a se tornar um discípulo de Jesus Cristo, o único Salvador do mundo. Furioso com tamanha audácia sagrada, o juiz ordenou que ele fosse chicoteado até a morte: "Você teria feito muito mais cedo", disse-lhe Eulógio, "condenando-me a morrer pela espada, pois saiba bem que estou pronto a morrer várias vezes por Jesus Cristo!"
Levado perante o conselho do príncipe muçulmano, o valente sacerdote começou novamente a pregar o Evangelho com tanta veemência que, para escapar de seus argumentos vitoriosos, eles se apressaram em condená-lo à decapitação. Enquanto ele estava sendo levado para a execução, um dos soldados o esbofeteou; Eulógio, lembrando-se dos ensinamentos de seu divino Mestre, ofereceu a outra face sem reclamar, e o miserável ousou golpeá-lo novamente.
Quando o Santo chegou ao local da execução, ele rezou de joelhos, estendeu as mãos para o Céu, fez o sinal da Cruz e uniu seus sofrimentos e martírio aos sofrimentos e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz; então ele ofereceu sua cabeça ao carrasco e consumou seu sacrifício. Os fiéis resgataram a cabeça de Santo Eulógio do carrasco e deram ao seu corpo um enterro honroso.
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| Catedral de Nossa Senhora da Assunção em Córdoba (Espanha) |
