terça-feira, 3 de junho de 2025

Santo do dia

Os santos se assustam com os sentimentos de veneração que lhes são demonstrados e respondem a eles com atos de humildade; os orgulhosos, ao contrário, desejam e provocam manifestações que bajulam sua autoestima. Em termos práticos, estamos entre estes ou entre aqueles?


4 de junho: São Francisco Caracciolo, confessor (1563-1608)


Francisco, da família Caracciolo, uma das mais ilustres do Reino de Nápoles, iniciou desde a infância o caminho da perfeição, através do amor à penitência e de uma terna devoção à Santíssima Virgem. Recitava o Pequeno Ofício e o Rosário todos os dias e jejuava todos os sábados em honra de sua boa Mãe. No entanto, até os vinte e dois anos, não pensou em deixar o mundo. Foi necessária a terrível doença da lepra para afastá-lo do mundo e decidí-lo a entregar-se a Deus na vida religiosa. A Providência logo o colocou em contato com dois virtuosos padres, aos quais se uniu na fundação dos Clérigos Regulares Menores.


Francisco, ainda muito jovem, logo se tornou Superior Geral da Ordem, que crescia rapidamente em estatura. Aproveitou a liberdade que essa posição lhe dava para intensificar seus exercícios de piedade e mortificação. Três vezes por semana, jejuava a pão e água, usava habitualmente uma camisa de crina grossa, praticava disciplina todas as noites e passava o tempo de repouso parte aos pés do Santíssimo Sacramento e parte estudando. Quando o sono o pressionava, era frequentemente no escabelo do altar que ele tirava o pouco descanso que concedia à natureza, que nunca durava mais do que três ou quatro horas. Dedicava sete horas por dia à contemplação e meditação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amigo da pobreza, se lhe davam roupas novas, trocava-as pelas mais surradas dos irmãos simples; evitava cuidadosamente todos os sinais de distinção e honra, dizendo: "Não sou digno delas; a Companhia me sustenta apenas por caridade". Costumava assinar suas cartas: Francisco, pescador.


O próprio Santo foi estabelecer sua Ordem em Madri, Espanha, onde alcançou extraordinário sucesso; realizou três viagens para lá e adquiriu tal reputação que era chamado apenas de Pregador do Amor Divino. A todas as súplicas do Papa Paulo V, que desejava elevá-lo a dignidades eclesiásticas, ele respondia: "Quero realizar a minha salvação no meu cantinho."


Perto da morte, ouviu-se ele clamando ao se levantar da cama: "Senhor Jesus, como és bom! Senhor, não me recuses este sangue precioso que derramaste por mim... Ó Paraíso! Ó Paraíso!..." Depois de se despedir dos irmãos, segurando o crucifixo em uma mão e a imagem de Maria na outra, morreu em 4 de junho de 1608, aos 44 anos, dizendo: "Vamos! Vamos! - E para onde? - responderam eles. - Para o Céu! Para o Céu!"


Santuário de São Francisco Caracciolo, igreja de Santa Maria di Monteverginella em Nápoles (Itália)




Santo do dia

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