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| Maria é Mãe do Verbo encarnado, do Filho de Deus que se tornou nosso irmão. Ela é, portanto, também nossa Mãe: amemo-la como a seus filhos. |
28 de janeiro: São Pedro Nolasque, fundador da ordem de Nossa Senhora da Misericórdia ( 1189-1256 )
Saint Pierre Nolasque nasceu em uma família ilustre, perto de Carcassonne, na França, no final do século XII. Destacou-se, ao longo da vida, na prática da caridade para com o próximo. Diz-se que como presságio desta virtude, quando ainda estava no berço, um enxame de abelhas veio construir um favo de mel na sua mão direita. Quando adolescente, ele perdeu os pais.
A heresia albigense assolava então o sul da França. Para escapar disso, vendeu seu patrimônio e retirou-se para a Espanha, onde foi chamado pelo rei Jaime de Aragão. Foi então para Barcelona, e lá dedicou toda a sua fortuna ao resgate dos cativos sequestrados no mar pelos sarracenos. Mas o sacrifício dos seus bens não foi suficiente para a sua caridade. Ele ainda queria se vender para libertar seus irmãos e assumir suas correntes. Deus o fez saber o quão agradável esse desejo era para Ele. Uma noite, enquanto rezava, pensando na libertação dos cativos, a Santíssima Virgem apareceu-lhe e recomendou-lhe que estabelecesse, em Sua homenagem, uma Ordem religiosa dedicada a esta obra de caridade. Ele apressou-se em obedecer a esta advertência celestial, especialmente porque o rei e Raymond de Pennafort receberam a mesma revelação ao mesmo tempo.
Fundou a Ordem de Nossa Senhora da Misericórdia para a Redenção dos Cativos. O carácter particular desta Ordem é que uniu aos três votos ordinários da Religião um quarto voto: o de entregar-se em penhor aos pagãos, se necessário, para a libertação dos cristãos.
A este exemplo heróico de caridade acrescentou o de todas as virtudes. Favorecido com o dom da profecia, previu ao rei de Aragão a conquista do reino de Valência aos mouros. Ele foi apoiado pelas frequentes aparições do seu Anjo da Guarda e da Virgem Mãe de Deus.
Finalmente, oprimido pela idade, pelo trabalho e pela penitência, recebeu o aviso da proximidade da sua morte. Depois de lhe terem sido administrados os últimos sacramentos, exortou novamente os seus irmãos à caridade para com os cativos. Depois, dizendo estas palavras: “O Senhor enviou a redenção ao seu povo”, entregou a sua alma a Deus, em plena noite de Natal, no ano de 1256.
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| Casa Mãe da Ordem da Misericórdia em Barcelona (Espanha) |
SÃO PEDRO NOLASCO - CONFESSOR
Pedro Nolasco, nascido de nobres pais em Recaudun, perto de Carcassonne, na França, distinguiu-se pela excelência da sua caridade com o próximo. Houve um presságio da sua virtude quando ele ainda estava no berço: um enxame de abelhas voou até ele, e construiu um favo de mel na sua mão direita. Feito órfão na adolescência, por ódio à heresia albigense, que então grassava na França, vendeu o patrimônio, e partiu para a Espanha, e cumpriu um voto que havia feito à Santa Virgem de Monserrat. Indo, depois, a Barcelona, gastou todo o seu dinheiro para libertar os fiéis cristãos da escravidão dos inimigos (mouros), e dizia que gostaria de vender-se a si mesmo para isso, ou ir para as cadeias desses.
Deus, numa ocasião seguinte, declarou o quanto ficou agraciado com o desejo deste santo homem: rezando durante uma noite, e aplicando-se com muito ânimo aos meios de livrar os cristãos cativos, apareceu-lhe a Virgem, e disse-lhe que lhe agradaria muitíssimo a Ela e a Seu Filho, se ele instituísse uma ordem religiosa, cujo principal cuidado fosse libertar os cativos da tirania dos infiéis. Conformando-se com esse conselho celestial, uniu-se a São Raimundo de Peñafort e Tiago I, rei de Aragão, aos quais a mesma revelação havia sido feita na mesma noite, e instituiu a Ordem Religiosa de Nossa Senhora das Mercês da Redenção dos Cativos. Com seus companheiros, ligou-se por um quarto voto: o de permanecer na prisão, sob o poder dos pagãos, se fosse útil para a libertação dos cristãos.
Desde que fez o voto de virgindade, conservou perpetuamente imaculada a castidade. Aproveitou admiravelmente na paciência, humildade, abstinência, e demais virtudes. Iluminado pelo dom da profecia, predisse coisas futuras: delas, a mais famosa é que fez ao rei Tiago, de que tomaria Valência, ocupada pelos mouros, feita antes que houvesse certeza da vitória. Era frequentemente recreado com a aparição do Anjo da Guarda e da Virgem Mãe de Deus. Ancião, sendo-lhe revelado que a morte era iminente, caiu doente, e, tomando os santos sacramentos, exortou os seus irmãos à caridade para com os cativos, e, recitando devotissimamente o Salmo "Confitebor tibi Domine in toto corde meo" (Professar-Vos-ei, Senhor, de todo o meu coração), quanto chegou às palavras "Redemptionem misit Dominus populo suo" (O Senhor mandou a redenção para o seu povo), entregou o espírito a Deus, na meia-noite da Vigília do Natal do Senhor, do ano 1256. Alexantre VII mandou que sua festa fosse celebrada no dia 31 de janeiro.
MISSAL QUOTIDIANO COMPLETO / EM PORTUGUÊS com o próprio do Brasil edição B - editado e impresso nas oficinas tipográficas do Mosteiro de São Bento / Bahia, 23 de dezembro de 1957. Pág 421.
