sábado, 18 de janeiro de 2025

Santo do dia

 

Não se pode ser fiel a Jesus Cristo sem ser fiel ao seu príncipe. Devemos nossa vida ao príncipe, mas devemos nossa alma a Jesus Cristo.

19 de janeiro: São Canuto IV, rei da Dinamarca e mártir (1086)


São Canuto, rei da Dinamarca, combinou todas as qualidades da alma com as do corpo. Criado na religião cristã, ainda pouco difundida neste país, abraçou-a de todo o coração e conformou-lhe generosamente a sua conduta, coisa rara entre os jovens senhores do seu séquito. Às virtudes do cidadão e do cristão, ele acrescentou as qualidades que fazem os grandes reis.


Entendendo que é dever de um príncipe defender seus súditos, adorou exercer a profissão das armas e logo se tornou mestre na arte militar. Na batalha, ele foi o primeiro e nunca recuou; colocado, ainda jovem, à frente dos exércitos dinamarqueses, cada uma das suas batalhas foi uma vitória. Mas foi no trono que suas qualidades e virtudes transpareceram completamente.


Canuto entendeu que a obediência ao Rei eterno é a única e verdadeira grandeza; ele estimava pouco sua coroa temporária, comparada com aquela que a prática do Evangelho lhe mereceria no Céu. A frugalidade da sua mesa, a simplicidade das suas roupas contrastavam notavelmente com o luxo da sua corte. Contudo, soube, de vez em quando, fazer respeitar a sua dignidade e impor-se a todos pela sua majestade e pelo temor da sua justa autoridade. Aqui está um exemplo:


Um chefe dinamarquês, para fazer face às suas despesas absurdas, não hesita em exercer a profissão criminosa de pirata e bandido; um dia, o rei da Dinamarca soube que seu vassalo havia saqueado um navio norueguês e massacrado a tripulação. Ele prende o culpado, convence-o do crime por sua própria confissão e o condena à morte sem temer a vingança de sua poderosa família.


Este rei justo era o mais leal dos homens, e a sua bondade de alma correspondia à sua firmeza. Austero e piedoso, como um monge, jejuava muitas vezes, passava as noites em oração e tinha apenas um cuidado, o de estender a fé no seu reino, compreendendo bem que ele é a verdadeira fonte de todo o progresso e de toda a civilização.


O inferno despertou inimigos nas sombras deste rei sagrado; enquanto rezava numa igreja, foi cercado por assassinos e, em vez de fugir, continuou a rezar e deixou-se esfaquear de joelhos nos degraus do altar. Deus vingou sua morte afligindo a Dinamarca com diversas calamidades, e curas milagrosas ocorreram em seu túmulo.


Catedral de São Knud em Odense (Dinamarca)

19 DE JANEIRO SÃO CANUTO - REI E MÁRTIR


São Canuto tinha sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados.


São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça.


Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo. Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.


São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, porque ele tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus. Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado.


MISSAL QUOTIDIANO COMPLETO / EM PORTUGUÊS com o próprio do Brasil edição B - editado e impresso nas oficinas tipográficas do Mosteiro de São Bento / Bahia, 23 de dezembro de 1957. Pág 412.

Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II

 A sentença da alma culpada no juízo particular  Discedite a me, maledicti, in ignem aeternum, qui paratus est diabolô et angelis eius – “A...