domingo, 15 de dezembro de 2024

Santo do dia

 

16 DE DEZEMBRO SANTO EUSÉBIO, Bispo e Mártir

Santo Eusébio da Sardenha, Nascido de nobre família da Sardenha nesta ilha nasceu ano 283 veio a Roma e aqui foi batizado pelo Papa Eusébio que lhe impôs o seu próprio nome. Durante as perseguições contra os cristãos os sobreviventes enterravam com veneração os corpos dos mártires nas catacumbas; os cristãos desciam com freqüência às catacumbas para rezar a seus familiares. Depois que o imperador Constantino deu liberdade de culto aos cristãos no ano 313, no período em que Eusébio estava em Roma, as catacumbas se tornaram centros de veneração dos santos mártires. Depois da morte do seu pai, sua mãe (Na cidade de Cagliari (Itália), há a cripta de Santa Restituta, escavada naturalmente, que Remonta ao III século a.C. e que a tradição identifica nela o lugar da prisão e martírio da santa. No século XIII a cripta foi dedicada ao culto de Santa Restituta que a tradição reconhece como mãe de Santo Eusébio) o levou para completar os estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos foi ganhando a admiração do povo cristão e do Papa Júlio I que o consagrou Bispo da diocese de Vercelli em 345.

Participou do concílio de Milão em 355, no qual os Bispos adeptos da doutrina ariana, que pregava somente a humanidade de Jesus, tentaram forçá-lo a votar pela condenação do Bispo de Alexandria, Santo Atanásio, defensor de Jesus como Homem e Deus. Ficou ao lado de Atanásio, além de discordar do arianismo que buscava erroneamente negar a divindade de Cristo considerou a votação uma covardia, pois Atanásio, sempre um fiel guardião da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não podia defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros bispos foram condenados ao exílio na Palestina, foi exilado com outros santos Bispos pelo imperador Constâncio.

Porém isso não o livrou da perseguição dos hereges arianos, que infestavam a cidade. Ao contrário, sofreu muito nas mãos deles. Como não mudava de posição e enfrentava os desafetos com resignação e humildade, acabou preso, tendo sido cortada qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos. Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os escritos que passou, também, por um terrível suplício psicológico.

Quando o povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu favor. Foram tantos e tão veementes os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Contudo o exílio continuou e ele foi mandado para a Capadócia, na Turquia e, de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito, onde foi obrigado a permanecer até a morte do então imperador Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a liberdade a todos os bispos presos e permitiu que retomassem as suas dioceses.

Depois do exílio de seis anos, Eusébio foi o primeiro a participar do Concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, santo Atanásio. Só então passou a evangelizar, dirigindo-se, primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria, onde os arianos, com sua doutrina, continuavam confundindo o povo católico. Batalhou muito combatendo todos eles.

Mais tarde, foi para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira aclamação popular. Em seguida, na companhia de santo Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um exaustivo trabalho pela unificação da Igreja católica na Gália, atual França. Somente quando os objetivos estavam em vias de serem alcançados é que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde faleceu no dia 01 de agosto de 371.



COMPLETEI A CARREIRA, CONSERVEI A FÉ

Fui informado, irmãos caríssimos, de que vos encontrais bem, como eu desejava; e tive a sensação de que me encontrava no meio de vós, como se tivesse atravessado subitamente a grande distância que nos separa, como aconteceu a Habacuc, quando foi transportado pelo Anjo até junto de Daniel. Ao receber as cartas de cada um de vós e ao ler nelas os bons sentimentos e o amor que tendes por mim, as lágrimas misturavam-se com a minha alegria e, embora ávido de ler, o meu espírito era impedido pela abundância das lágrimas. E não podia evitar nem a alegria nem as lágrimas, porque, sendo fonte do mesmo sentimento de saudade, queriam sobrepor-se uma coisa à outra para manifestar a intensidade do meu amor.

Vivendo assim, durante vários dias, nestes santos afectos, imaginava-me estar a conversar convosco e esquecia os sofrimentos passados; sentia-me inundado por lembranças consoladoras que me faziam reviver a vossa fé, o vosso amor, os frutos da vossa caridade, a tal ponto que, sentindo-me tão feliz, era como se de repente não estivesse já no exílio, mas no meio de vós.

Por isso alegro-me, irmãos caríssimos, por causa da vossa fé, alegro-me pela salvação que alcançais com a fé, alegro-me pelos frutos que dais não somente aos que aí se encontram, mas também aos que estão longe. Assim como o agricultor se dedica ao cultivo da árvore que dá fruto e que, portanto, não está sujeita a ser cortada pelo machado e lançada na fogueira, assim também eu quero e desejo não somente dedicar-me de corpo e alma ao vosso serviço, mas até dar a vida pela vossa salvação.

Foi com dificuldade que, apesar de tudo, consegui escrever-vos esta carta, pedindo continuamente a Deus que sustivesse os guardas por mais umas horas e nos concedesse que o diácono vos pudesse levar uma saudação, de preferência a notícias sobre o meu sofrimento.

Por isso, instantemente vos peço que guardeis a fé com todo o cuidado, mantenhais a concórdia, vos dediqueis à oração e vos recordeis sempre de mim, para que o Senhor se digne libertar a sua Igreja, que sofre por todo o mundo, e para que eu possa um dia ver-me livre da presente tribulação e alegrar-me de novo no meio de vós.

Também vos peço e vos rogo, pela misericórdia de Deus, que cada um de vós veja correspondida nesta carta a sua saudação, porque, obrigado pelas circunstâncias, não pude escrever pessoalmente a cada um de vós, como costumava. Por isso me dirijo nesta carta a todos vós, irmãos, a todas as santas irmãs, filhos e filhas, fiéis de ambos os sexos e de todas as idades, para que vos contenteis com esta simples saudação e vos digneis saudar também, em meu nome, aqueles que são de fora e me concedem a sua amizade.

SANTO EUSÉBIO DE VERCELI, Bispo. (Carta II. 1, 3 – 2, 3; X. 1 – 11, 1: CCL IX. 104-105.109) (Sec. IV)

Fonte: Liturgia Das Horas




Catedral de Santo Eusébio em Vercelli (Itália)

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