terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Santo do dia

 Enquanto os santos dão ao mundo o exemplo do desapego dos bens terrenos, a maioria dos homens sonha apenas com riquezas. Aqueles que querem ser ricos, diz o Apóstolo, caem numa multidão de desejos insensatos e nocivos, que os levam à ruína e à perdição.

 


26 de fevereiro: São Porfírio, Bispo de Gaza (353-420)


São Porfírio, nascido em Tessalônica, de pais ricos e virtuosos, foi educado na piedade, no temor de Deus e também nas ciências divinas e humanas.


Depois de cinco anos de vida austera num convento, tendo recebido de seus superiores a ordem de sair, por causa de sua saúde debilitada, ele foi para a Terra Santa, e chegou morrendo em Jerusalém. Ali, numa visão, perto do túmulo do Salvador, ele foi milagrosamente curado.


Admiremos a conduta misteriosa da Providência! Foi o próprio Deus quem direcionou Seu servo para a Palestina, onde a reputação de suas virtudes e méritos logo o levaram a ser elevado à sede episcopal de Gaza.


Terrível para o paganismo, cujos ídolos ele destruiu, teve que suportar perseguições cruéis; mas seu zelo e caridade conseguiram gradualmente converter um grande número de infiéis.


Entre os muitos milagres pelos quais ele triunfou sobre o endurecimento dos inimigos de Jesus Cristo, sua história relata o seguinte:


Uma seca extraordinária estava devastando a região. Os sacerdotes dos ídolos ofereciam sacrifício após sacrifício aos seus deuses, sem sucesso; o flagelo estava se tornando intolerável e a fome já havia feito vítimas. Porfírio ordenou orações especiais. Foi fixado um dia de jejum, e certa noite reuniram-se na maior igreja da cidade, onde a assembleia cristã cantou durante toda a noite, em atitude de penitência, invocações a Deus e aos Santos.


No dia seguinte, foi feita uma procissão fora da cidade, até os túmulos dos mártires; mas quando ela voltou, os pagãos tinham fechado todos os portões da cidade. Os cristãos, caindo de joelhos, redobram seus pedidos a Deus. De repente, o céu antes claro ficou coberto de nuvens, e chuvas torrenciais caíram sobre a região durante dois dias. Diante dessa visão, os pagãos abriram as portas e gritaram: "Cristo venceu!" Este prodígio provocou a conversão de mais de duzentos idólatras.


Todos os muitos milagres de Porfírio tinham como objetivo a conversão das almas. Um dia, enquanto ele cruzava o mar em um navio, uma terrível tempestade irrompeu, e o naufrágio era inevitável. Mas Porfírio, iluminado por Deus, declara ao piloto que a tempestade cessará assim que ele abjurar a heresia de Ário. O piloto, surpreso ao ver um homem que conseguia ler corações, imediatamente abjurou o erro, e as ondas se acalmaram. Porfírio, quando morreu, deixou Gaza inteiramente cristã.


Igreja de São Porfírio em Gaza (Palestina)



   São Porfírio, o vigoroso destruidor da idolatria, nasceu em Tessalônica, na Macedônia Grécia, onde nasceu no ano 347.Instruído nas ciências, tendo a idade de 25 anos, retirou-se para a solidão de Scete, onde passou cinco anos numa gruta, nas proximidades do Jordão. A insalubridade do lugar causou-lhe grande mal à saúde, e doente chegou a Jerusalém, onde teve a notícia da morte dos pais. Em sua companhia achava-se um jovem de nome Marco. A este incumbiu de receber a herança e distribuir o dinheiro entre os pobres, o que se fez.São Porfírio, não tendo reservado nada para si, viveu sempre pobre.
  Na visita diária aos Santos Lugares teve uma vez um desmaio que se transformou em visão. Apareceu-lhe Nosso Senhor na Cruz e com ele o Bom Ladrão.Nosso Senhor  Jesus Cristo deu a este um sinal de ajudar São Porfírio a levantar-se do chão. O Bom Ladrão São Dimas estendeu-lhe a mão e disse: “Agradece a teu Salvador tua cura”. No mesmo momento Jesus Cristo desceu da Cruz e entregou-lhe a mesma, com a recomendação de guardá-la bem. Quando o Santo voltou a si, notou que estava perfeitamente curado. O sentido das palavras de Cristo, porém ficou-lhe enigmático, até que o Bispo de Jerusalém o ordenou e o nomeou guarda do Santo Lenho.
  Os sacerdotes da diocese de Gaza, tendo perdido o Bispo, insistiram com São Porfírio para que aceitasse a direção da diocese orfanada. Embora sua modéstia quisesse fugir dessa dignidade, à obediência teve de sujeitar-se. Existiam em Gaza muitos pagãos e um templo magnífico para o culto das divindades. Os idólatras, conhecendo já de antemão o zelo do novo Bispo, principalmente seu repudio ao culto pagão, assentaram matá-lo antes de tomar posse do rebanho. Este plano ímpio, por qualquer circunstância imprevista, não pôde ser efetuado. Bem se arrependeram da iniquidade  pois São Porfírio, apesar de inimigo do paganismo, pela modéstia, paciência e caridade, soube ganhar os corações dos próprios pagãos. Um fato extraordinário, que se deu logo no princípio do seu governo, aumentou ainda a confiança e veneração para com o novo Pastor. Uma seca atroz de muitos meses aniquilara as esperanças dos lavradores e o espectro da fome começava a apavorar os ânimos. Nesta expectativa desoladora os sacerdotes de Marnas, a quem era devotado o templo, se dirigiram à sua divindade com preces e sacrifícios, para obter o benefício de uma chuva. Marnas, porém, chuva nenhuma mandou e a seca continuou a assolar a região. Porfírio, condoído com a miséria pública, ordenou um dia de jejum, organizou uma procissão de penitência a uma capela situada fora da cidade. Apenas recolhida à procissão, caiu uma chuva abundantíssima, refrigerando a terra ressecada. Muitos, diante deste espetáculo e vendo nisto o grande poder do Deus dos cristãos, converteram-se. Outros, porém, encheram-se de inveja e forjaram novos planos malignos contra a vida do santo Bispo e de alguns cristãos.
  Entretanto, veio um édito do imperador Arcádio, ordenando o fechamento dos templos pagãos. Esta ordem foi por muitos funcionários obedecida, por outros não. Assim ficou aberto o templo de Marnas. Porfírio, desejando ardentemente a execução da ordem imperial, conseguiu em Constantinopla a autorização para derrubar o templo em Gaza.
  A influência, porém, de ministros subornados pelos sacerdotes pagãos, fez com que o imperador revogasse a autorização exarada. Não obstante, algum tempo depois, foi publicada nova ordem no mesmo sentido de fechar os templos pagãos, sob pena de os refratários perderem a colocação; mas mesmo assim, o templo não se fechou. A imperatriz Eudóxia prometeu a  São Porfírio empregar toda a influência junto ao imperador, para conseguir o fechamento e a destruição do templo. Porfírio, inspirado por Deus, predisse à imperatriz o advento de um filho. Logo que esta profecia se cumpriu, dirigiu-se o Bispo a Constantinopla, para administrar o sacramento do Batismo ao príncipe herdeiro. Aconselhado pela imperatriz,São Porfírio redigiu novamente o requerimento ao imperador.
  A petição foi entregue ao monarca logo depois do ato religioso, por assim dizer, pela criança recém – batizada. Arcádio achou-a depositada sobre o peito do filhinho. No momento em que a abria, a pessoa que segurava nos braços a criancinha disse-lhe:
  “Digne-se Vossa Majestade de deferir o requerimento apresentado por seu filho”. O imperador respondeu com sorriso nos lábios: “Como poderia eu negar o primeiro pedido de meu filhinho?” – Imediatamente foi mandado para Gaza um oficial do exército, com ordem estrita de demolir o templo de Marnas. Poucos dias depois, quando Porfírio se aproximou da cidade, os cristãos, seus diocesanos, receberam-no com muita solenidade. O préstito havia de passar por um lugar onde se achava uma imagem de Vênus, ponto predileto para reuniões de mulheres, que costumavam encontrar-se lá, para tratar projetos de casamentos. Mal o Bispo se achava defronte daquela estátua, quando esta, sem que pessoa alguma lhe tivesse tocado, ruiu por terra, fazendo-se em pedaços. Este fato causou grande sensação e foi o início de muitas conversões. O templo de Marnas desapareceu e em seu lugar se ergueu uma belíssima Igreja, dedicada a Deus vivo e verdadeiro.
 O triunfo de Porfírio sobre a idolatria foi completo. Quando, em 421, Deus o chamou para o descanso eterno, o santo Bispo teve a grande satisfação de ver muito reduzido o número de pagãos em sua diocese.
 São Porfírio exemplo de luta contra idolatrias rogai por nos pela conversão dos infiéis e modernistas ecumênicos.

Santo do dia

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