quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Santo do dia


Defender a verdade, as leis da moral e os direitos da Igreja é dever dos bispos; a nossa, a dos próprios reis, é ouvi-los.


 20 de fevereiro: Santo Eucher, Bispo de Orleans (697-738)


Santo Eucher, famoso por sua família, e ainda mais por suas virtudes, nasceu perto de Orléans; Antes de seu nascimento, sua mãe teve uma revelação sobre seu futuro: um anjo previu que ele seria bispo de Orleans. O estudante, o monge, o bispo, são igualmente admiráveis ​​neste caráter predestinado.


À medida que avançava no conhecimento da palavra de Deus, sua alma transbordava do fogo da caridade. A ciência, longe de lhe encher o coração, era para ele apenas um meio de se unir mais intimamente a Deus e de avançar cada vez mais no caminho da virtude. Ele atribuiu todos os seus sucessos à bondade celestial. Sendo Jesus Cristo a regra de sua inteligência e de sua vontade, os esforços do inimigo da salvação para perder esta bela alma por falsa glória só conseguiram fortalecer sua esperança em Deus e fazê-lo redobrar seu ardor pela oração e pela mortificação.


Foi recebido de braços abertos no convento de Jumièges, onde se apresentou aos vinte e sete anos. A partir de então, seu ardor pela perfeição não conheceu limites, e ele se tornou o modelo de seus irmãos por seu fervor nos ofícios divinos e por seu zelo na prática de todos os deveres religiosos.


Cheio de graças extraordinárias na Sagrada Comunhão, ele gostava de permanecer aos pés do Tabernáculo e não conseguia interromper suas doces comunicações com Jesus-Hóstia; somente a obediência poderia mantê-lo longe dos pés dos altares.


Sua devoção especial a Maria era para ele a fonte de uma pureza angelical; ele pedia constantemente a esta Mãe celeste que lhe preservasse esta sublime virtude que nos aproxima de Deus.


O mérito de Eucher não poderia permanecer em segredo no claustro; Honrarias vieram procurar aquele que havia fugido delas, e ele teve que aceitar a sede episcopal de Orleans.


Raramente um bispo demonstrou tanto vigor no combate ao mal e na defesa dos direitos de Deus. A Carlos Martel, rei da França, que confiscou propriedades da igreja:


"Como", ele escreveu, "você ousa oprimir a Igreja, que Deus lhe encarregou de defender? Saiba que Jesus Cristo lhe pedirá contas pelos males que você fez seus membros sofrerem; ao tocar na propriedade das igrejas, você está atacando o próprio Deus!"


Ele morreu encomendando-se à Santíssima Trindade e dizendo: "Senhor, em Tuas mãos entrego a minha alma".


Deus honrou seu túmulo com muitos milagres. Entre outras maravilhas, há relatos de que velas acesas perto de seu venerado corpo queimaram por muito tempo sem serem consumidas.


Relicário de Saint Eucher, igreja de Notre-Dame em Saint-Trond (Bélgica)


(+ Hasbain, 738)

O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos. Destacou­-se desde jovem pela sabedoria, pela santidade e pela devoção a Maria Santíssima.

Nascido em Orléans, na França, recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Antes de dar à luz o menino, a mãe já o dedicara a Deus. De boa inteligência, Euquério ocupou sempre um dos primeiros lugares entre os condiscípulos. Cedo se acostumou a ler um ou outro trecho da Escritura. Certa vez leu as palavras de S. Paulo (I. Cor. 7, 29, 31.) “O tempo é breve! O que resta é que, não só os que têm mulheres, sejam como se as não tivessem, mas também os que choram, como se não chorassem; e os que usam deste mundo, como se dele não usassem; porque a figura deste mundo passa”. Impressionado e iluminado por estas palavras, conheceu a vaidade do mundo e resolveu dizer-lhe adeus, entrando numa ordem religiosa. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela auto-penitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.

Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário. O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou ardilosamente a transferência do bispo da diocese, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.

Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, onde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom.

O bispo Euquério morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo cristão.

Santo do dia

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