domingo, 29 de setembro de 2024
ORAÇÃO COMPLETA DO PAPA LEÃO XIII A SÃO MIGUEL ARCANJO
A Oração a São Miguel Arcanjo do Papa Leão XIII é profética. Composta há mais de 100 anos, é uma oração muito interessante e controversa relacionada com a situação atual em que se encontra a Igreja Católica. Esta oração rezava-se após a Missa, mas foi suprimida posteriormente. No dia 25 de Setembro de 1888, depois da sua missa matinal, o Papa Leão XIII sofreu um desmaio. Os assistentes pensaram que ele estava morto. Depois de recuperar a consciência, o Papa descreveu uma espantosa conversa que havia escutado proveniente do tabernáculo. A conversa compunha-se de duas vozes; vozes que o Papa Leão XIII entendeu claramente serem as de Jesus Cristo e do diabo. O diabo ostentava conseguir destruir a Igreja, se lhe fosse concedido 75 anos para levar a cabo o seu plano (ou 100 anos, segundo outros relatos). O diabo também pediu permissão para ter "uma maior influência sobre aqueles que se entregarão ao meu serviço." Às petições do diabo, o Senhor respondeu: "Ser-te-á dado o tempo e o poder."
Abalado profundamente pelo que havia ouvido, o Papa Leão XIII compôs a seguinte Oração a São Miguel (que também é uma profecia) e ordenou que se rezasse depois das Missas ordinárias como medida de protecção para a Igreja contra os ataques do inferno. Esta oração foi tirada da Raccolta, 1930, edição inglesa, Benziger Bros., pp. 314-315. A Raccolta é uma coleção da Igreja Católica com imprimatur de orações oficiais indulgenciadas.
ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO:
"Ó glorioso príncipe da milícia celeste, São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate e na terrível luta contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares (Ef. 6)! Vinde em auxílio dos homens os quais Deus criou imortais, feitos a sua imagem e semelhança, e resgatou por grande preço da tirania do demônio (Sab. 2; I Cor. 6).
Combatei neste dia, com o exército dos santos anjos, a batalha do Senhor como noutro tempo combateste contra Lúcifer, chefe dos orgulhosos, e contra os anjos apóstatas que foram impotentes em resistir-te e para quem nunca mais haverá lugar no céu.
Sim, esse grande dragão, essa antiga serpente que se chama demônio e Satanás, que seduz o mundo inteiro, foi precipitado com os seus anjos ao fundo do abismo (Apoc. 12). Mas é aqui que esse antigo inimigo, este antigo homicida levantou ferozmente a cabeça. Disfarçado de anjo de luz e seguido por toda a multidão de espíritos malignos, invade o mundo inteiro para apoderar-se dele e desterrar o nome de Deus e do seu Cristo, para afundar, matar e entregar à perdição eterna às almas destinadas à coroa de glória eterna. Sobre os homens de espírito perverso e de coração corrupto, este dragão malvado derrama também, como uma torrente de lama impura, o veneno de sua malícia infernal, o espírito de mentira, de impiedade, de blasfêmia e o sopro envenenado da imundice, dos vícios e de todas as abominações.
Os inimigos cheios de astúcia têm acumulado de opróbrios e amarguras a Igreja, esposa do Cordeiro imaculado, e lhe dado a beber absinto; sobre seus bens mais sagrados impõem suas mãos criminosas para a realização de todos os seus ímpios desígnios. Lá, no lugar sagrado onde está instituída a sede de São Pedro e a Cátedra da Verdade para iluminar os povos, foi instalado o trono da abominação de sua impiedade, com o desígnio iníquo de ferir o Pastor e dispersar as ovelhas.
Nós te suplicamos, ó príncipe invencível, ajude o povo de Deus e concede-lhe a vitória contra os ataques destes espíritos dos réprobos. Este povo te venera como seu protetor e padroeiro, e a Igreja se gloria de tê-lo como defensor contra os poderes malignos do inferno. A ti, Deus confiou a missão de conduzir as almas para a felicidade celeste. Roga, portanto, ao Deus da paz que submeta Satanás aos nossos pés, tão derrotado e subjugado, que nunca mais possa impor a escravidão aos homens, nem prejudicar a Igreja! Apresenta as nossas orações à vista do Todo-Poderoso para que as misericórdias do Senhor nos alcancem o quanto antes. Submeta o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e o precipite acorrentado no abismo para que não mais possa seduzir as nações (Apoc. 20). Amém."
"Desde já confiados à vossa assistência e proteção, com a sagrada autoridade da Santa mãe Igreja, e em nome de Jesus Cristo, Deus e Senhor nosso, empreendemos com fé e segurança repelir aos ataques da astúcia diabólica.
V/ Eis a Cruz do Senhor, fujam potências inimigas.
R/ Venceu o Leão da tribo de Judá, a estirpe de David.
V/ Que as tuas misericórdias, ó Senhor, se realizem sobre nós.
R/ Assim como esperamos em vós.
V/ Senhor, escutai a minha oração.
R/ e que o meu clamor chegue até ti."
OREMOS
"Ó Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós invocamos vosso Santo Nome e imploramos insistentemente a Vossa clemência para que, pela intercessão da Imaculada sempre Virgem Maria, nossa Mãe, e do glorioso São Miguel Arcanjo, de São José, esposo da mesma Santíssima Virgem, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os santos, dignai-vos proteger contra Satanás e contra todos os espíritos malignos que vagueiam pela terra para destruir a humanidade e para a perdição das almas. Amém."
Em 1934, a surpreendente oração do Papa Leão (transcrita acima) foi mudada sem explicação. A frase crucial que se refere à apostasia em Roma (no lugar sagrado, onde foi estabelecida a Sé de São Pedro e a cátedra da Verdade para iluminar os povos) foi eliminada. Ao mesmo tempo, a Oração a São Miguel do Papa Leão XIII que se rezava depois de cada Missa foi substituída por uma oração mais curta, a famosa e agora abreviada Oração a São Miguel. Esta é a oração:
"São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demónio! Subjugue-o Deus, instantemente vos pedimos; e vós, Príncipe da Milícia Celeste, pelo poder Divino, precipitai ao inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo pela perdição das almas. Amém."
Não há nada maligno nesta oração a São Miguel — de facto, é muito boa e eficaz. No entanto, o ponto é que já não é a Oração a São Miguel composta pelo Papa Leão XIII. Na opinião de muitos, a oração curta foi introduzida como substituta, de modo a que os fiéis não estivessem conscientes do conteúdo incrível da oração larga, como se descreveu anteriormente. Se a larga Oração a São Miguel tivesse sido recitada ao final de cada Missa rezada e não suprimida em 1934, quantos milhões mais haveriam resistido, enfrentando a invectiva da nova religião do Vaticano II que será explicada neste livro? Quantos mais teriam percebido depois do Vaticano II o desmantelamento sistemático da fé católica tradicional?
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